domingo, 17 de agosto de 2014

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO:

1) MARLI LAUX,
Em 28 de junho de 2013:
Li teu livro em pleno Pantanal, me refugiei no ar condicionado para fugir dos mosquitos... Fiquei impressionada com a grande carga de tensão emocional com que as comissárias, que têm filhos trabalham. Você conseguiu, e muito bem passar isto e mais a grande "culpa" que as mães carregam por não estarem perto dos filhos. Não pensei que fosse tão conflitante ser mãe Comissária, talvez inconscientemente eu soubesse e por isso optei por não ser. Parabéns pela iniciativa de escrever sobre a vida e a história das comissárias! Agora vou ler o outro livro que me destes. Bjs.

Minha resposta:
Muito grata, Marli Laux, pelo seu depoimento! Fico contente em saber que o resultado do trabalho valeu! O livro mostra a realidade da vida e da profissão das Comissárias, por trás do "glamour" que também entra como parte do salário... Embora seja um trabalho que muito enriquece, em termos de experiência de vida e em conhecimento, é um trabalho muito desgastante! Merece muito respeito e, principalmente, uma escala de voo mais humana!

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2) LINA ALVES,
Em 4 de julho de 2013:
Querida Rosa, estou na página 133. Fiquei impressionada com a dedicação e o amor de Alice Clausz à Varig. Não tive o privilégio de conhecê-la, mas sempre ouvi elogios a seu respeito. Estou adorando seu livro, tem informações relevantes que acredito que muitos nem tenham conhecimento, assim como eu não tinha antes de lê-lo, como, por exemplo, o nome da 1ª empresa de transporte aéreo (DELAG) fundada em 1912 na Alemanha. Assim que terminar a leitura, sem dúvida postarei muitos elogios ao seu belíssimo trabalho. Abraços.

LINA ALVES,
Em 29 de agosto de 2013:
Querida Rosa Maria Custodio, terminei de ler seu livro e quero parabenizá-la pela linda obra. Recomendo a todos que leiam, pois além de você ser uma exímia escritora é também uma pessoa dotada de tamanha sensibilidade. Escrever bem é uma arte, um dom, uma inspiração, um talento natural. A arte de bem escrever exige rasgo e inspiração, mas exige também raciocínio lógico, disciplina mental, domínio pleno de algumas regras essenciais e dedicação numa base de prática diária. Escrever é fruto de um grande esforço e a habilidade técnica. Escrever bem é ser um artista que manuseia as palavras e as ideias com a mesma destreza que um pintor manuseia as cores e as suas infinitas combinações. Escrever bem é transmitir de forma simples ideias consistentes. É elaborar para simplificar. É depurar. É construir sem pena de destruir tudo outra vez. É ilustrar, criar sabores, exalar aromas e transmitir imagens ao associar as palavras. É saber descrever o ordinário de um modo extraordinário. É gerar empatia e saber traduzir o dia-a-dia. É ver o mundo de dentro para fora e depois de fora para dentro para melhor distanciamento. E, é nessa lida diária de registro, na paixão que toma e possui quem escreve, nesse voo livre em viagem mental liberta e desprendida, onde os sentidos coexistem com as vivências e as apetências que os verdadeiros escritores de talento e gênio se transcendem e se revelam. Parabéns não só pela maneira como escreve, mas tb pelo conteúdo do livro. Se hoje a profissão exige renúncias e muitos sacrifícios imagina naquela época (1912).Lendo a história de cada uma delas, percebo que nenhuma dificuldade deixou de ser transposta quando a força de vontade fez prevalecer sua natureza. Sem dúvida conciliar a carreira com a maternidade e o casamento é o maior desafio embora a aviação nos faça amadurecer, nos abra os horizontes e nos torna independentes. A lição que tirei após lê-lo foi a seguinte: Não obstante a todos os percalços que a vida nos impõe jamais devemos esperar que tudo caia do céu, temos que ir a campo em busca da concretização dos nossos objetivos. A força de vontade combinada a ação vem a ser, portanto, uma mágica chave que abre todas as portas a quem dela tiver posse. Antes de ler o livro não tinha conhecimento do amor e dedicação de Alice Clausz a VARIG e o quanto ela foi importante para toda a aviação. Minha homenagem a essas mulheres guerreiras que com seus relatos contribuíram para engrandecer seu trabalho.

Minha resposta:
Você escreve muito bem, Lina Alves! Parabéns! Estou muito grata, por suas elogiosas palavras! Guardarei a lição que tirou: "Não obstante a todos os percalços que a vida nos impõe jamais devemos esperar que tudo caia do céu, temos que ir a campo em busca da concretização dos nossos objetivos. A força de vontade combinada a ação vem a ser, portanto, uma mágica chave que abre todas as portas a quem dela tiver posse". Você tem se destacado por estar sempre procurando informar, orientar e ajudar os colegas que vivem o drama imposto pelo AERUS. Somos gratos a você, por isso também! Aceite meu afetuoso abraço!
 
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3) MIRNA FRACALOSSI,
Em 24 de setembro de 2013:
Lendo os depoimentos das Comissárias de voo...Ella, Suzy, Ana, Frey, Fernanda e agora vem a Juju. Todas as histórias bem interessantes, prendem a atenção porque cada uma tem suas particularidades, começos e necessidades diferentes, algumas delas jamais tinham pensado em ser "aeromoças"... muito legal!

Minha resposta:
São histórias de vida e eu me emocionei com todas elas, principalmente porque eram minhas colegas e, de uniforme, a gente não sabia o outro lado, humano, criativo, diferente...


MIRNA FRACALOSSI,
Em 27 de setembro de 2013:
Além da demonstração de força, determinação e perseverança, achei bem interessante e surpreendente o relato de "Bibiana" sobre a sua morte clínica e como essa experiência influenciou suas decisões futuras... (pag. 233).
Aos 50 anos, terminando a faculdade de Pedagogia e já se programando para estudar Psicologia no intuito de poder cada vez mais ajudar a quem precisa.
Deste relato, guardo uma frase bonita e verdadeira sobre o ser humano:
...e quanto mais ele sobe a montanha, mais ele vê que a paisagem é muito maior...

Minha resposta:
Querida Mirna Fracalossi, você é muito generosa em compartilhar sua leitura e o que mais lhe chamou a atenção. Eu também senti muito forte a energia da "Bibiana". Uma linda história de amor à vida e ao servir ao próximo!

MIRNA FRACALOSSI,
Em 14 de outubro de 2013:
Encerro a minha leitura do livro “Comissárias de Voo & suas histórias de vida”  fazendo alusão ao relato de LILA, que mostrou ser uma mulher de fibra, garra e muita determinação para alcançar seus objetivos sem perder a ternura e com um olhar voltado para a espiritualidade também. Muito crítica e antenada, ela registrou as suas impressões com muita clareza e objetividade, gostei muito. Destaco uma peculiaridade nesse relato quando ela fala de tratamentos alternativos para seu marido...

Rosa Maria Custodio respondeu:
Muito grata, Mirna Fracalossi, por suas palavras! Seu comentário muito me sensibiliza, pois você captou o sentido das histórias e soube expressar com muita objetividade e clareza o que leu. Afinal, você também é uma escritora e eu sou sua fã e leitora!
Vou copiar e colar na minha página, com a sua permissão!

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 4) ROSANGELA GUARANI KAIOWÁ NUNES,
Escreveu em 3 de fevereiro de 2014:
Querida amiga, Rosa Maria Custodio. Estou orgulhosa de seu trabalho, de sua imparcialidade e generosidade ao se por como expectadora, dando liberdade e voz para que todos pudessem se expressar. Um verdadeiro documentário de nossos sonhos e frustrações, de nossos ganhos e perdas. Testemunhos sinceros e verdadeiros de quem viveu ou interpretou a árdua profissão de aviador em suas respectivas funções. Muito obrigada por seu desvelo e dedicação indisfarçável, nesse verdadeiro trabalho rendado com linha e agulha finas. Verdadeiro e precioso compendio da aviação nua e crua. Parabéns !!! Parabéns !!!

Minha resposta:

Rosangela Guarani Kaiowá Nunes! Que apreciação, amiga! Surpreendeu-me! Palavras fortes, sinceras, de quem compreendeu, de fato, o meu trabalho! Foi um árduo trabalho e ficou pela metade... Se tudo correr bem, darei conta do restante. Tenho outros depoimentos, outras lindas histórias de vida, das colegas mais jovens, ou seja, que entraram para a aviação depois dos anos 70. Agradeço, de coração, seu comentário. 

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Uma amiga me sugeriu dar uma olhada no bloghttp://izavoadora.com/2013/07/08/herois-do-dia-a-dia/ .  Atendi sua sugestão e deixei o seguinte comentário sobre o assunto em pauta e a profissão de Comissária de Voo, em 9 de julho de 2013:
Parabéns Izavoadora!
Ao ler seu texto, fiquei emocionada e revi muitas fases da minha vida profissional: foram 32 anos de voo! Entrei para a aviação em 1972 e me aposentei em 2004. Por muitos anos, vivemos a fase do glamour... éramos vistas como cinderelas, mas trabalhávamos como gatas borralheiras! Passávamos a maior parte do tempo carregando bandejas pesadas e cheias de comida, com louças, copos de vidros, talheres de metal... duas bandejas de cada vez, sem o auxílio dos carrinhos que só chegaram muitos anos depois! Um trabalho árduo, tanto nos voos nacionais como nos internacionais! Mal tínhamos tempo para conversar com os passageiros, mas mesmo assim os tratávamos com simpatia e sorrisos. Éramos mais respeitadas por eles, que eram muito mais educados que a maioria dos "pax" de hoje em dia. A preocupação com a segurança sempre existiu e eram constantes os nossos treinamentos, mas o desgaste físico e emocional nos voos "normais" com o serviço de bordo era enorme! Finalmente, com a expansão do sistema de transportes aéreos e com a competição das empresas, onde os custos falavam mais alto, chegou-se à conclusão de que avião não é restaurante! Muitas foram as mudanças que ocorreram para se chegar aos conceitos que norteiam, nos dias de hoje, o trabalho dos comissários de voo! As próprias empresas não fazem questão de valorizar seus profissionais e as escalas de voo são desumanas porque não permitem uma vida social organizada, com tempo para a família, os estudos ou lazer... Ainda se exige que o tripulante esteja a serviço da empresa muito mais tempo que todas as outras categorias profissionais que eu conheço! Embora o trabalho, dentro dos aviões seja bem mais leve nos dias de hoje, a profissão continua sendo muito desgastante por causa da pressurização, altitude e outros fatores, inclusive a preocupação com a segurança e possíveis emergências. Além, é claro, daquilo que você relata no seu emocionante texto, que tem a ver com o relacionamento humano! Não é fácil trabalhar e atender as expectativas de todos os usuários. Muitas vezes não é fácil trabalhar com determinados colegas... é o lado humano de cada um que entra em jogo... Sem dúvida que é preciso valorizar a profissão e o profissional e não é só no momento do heroísmo! Felizmente os acidentes aéreos são raros! Mas a vida, no dia a dia, em qualquer profissão, precisa ser respeitada!
A sociedade, e os usuários em geral, ainda conhecem muito pouco dos meandros da profissão dos "Comissários e Comissárias de voo". Eu já escrevi muita coisa sobre a profissão, em momentos diversos dos 32 anos que vivi na aviação, que não foi publicado. Na década de 90, quando nossa empresa (VARIG) já estava passando por uma grande crise, distribuí questionários, colhi depoimentos, fiz entrevistas... Por razões várias, inclusive problemas de stress e familiares, deixei este material de lado. Voltei a ele dois anos atrás e recentemente publiquei um livro de 350 páginas ("Comissárias de Voo & suas histórias de vida") com a intenção de mostrar o lado real da profissão e o lado humano das profissionais. É apenas uma primeira abordagem, inclusive para dar um retorno a todas as pessoas que foram envolvidas e participaram com seus depoimentos. Este livro não fala de glamour, nem de atos de heroísmo, mas enfoca a realidade vivida naquelas décadas do século passado... e muita coisa não mudou!
Se você estiver interessada, escreva para o e-mail: livro.comissariasdevoo@gmail.com
Não é publicidade! É uma necessidade de compartilhar um trabalho que fiz, que exigiu muitas horas do pouco tempo de folga que eu tinha e que aponta para muitas reflexões sobre a nossa profissão e a vida que vivemos, com muita dignidade, entre o céu e a terra, enquanto buscamos a nossa possível realização e felicidade!
Abraços e muito sucesso na sua carreira e na sua vida!

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